Texto e fotos Julio Hosoiri
Originária da bacia amazônica, a matrinxã (Brycon spp.) é
facilmente encontrada em pesqueiros de todas as regiões brasileiras.
Conhecida por sua esportividade e os belos saltos, nesses locais ela
atinge até três quilos.
Peixe de hábito alimentar onívoro, ele come insetos, minhocas,
pequenos peixes (inteiros, em pedaços ou filés), tirinhas de fígado,
coração de boi ou de frango, salsicha, sementes, uvas secas, queijo
prato ou mussarela, massas e muitas outras iscas.
A rapidez da matrinxã é impressionante. Em algumas ocasiões, tem-se
a sensação de que o peixe segue a isca no ar, tão imediato é o ataque
assim que ela toca a água. As dicas a seguir ajudarão na montagem de
conjuntos para quatro modalidades de pesca desta estrela de nossos
pesqueiros.
1. Vara telescópica: podem ter de 3,6 a 5,4 metros, com
linha de monofilamento colorida de 0,25 a 0,35 mm até o girador, e
depois, mais 20 centímetros de linha de fluorcarbono de espessura
equivalente. Os anzóis podem ser do modelo Maruseigo, número 10 a 17,
com pequenos pesos redondos ou do tipo oliva antes do girador.
2. Arremesso com iscas naturais: as varas podem ter até 1,8 m
(ou cerca de 6 pés) e ação média, sendo adequadas para linhas de até 12
libras, que podem ser de mono ou multifilamento. Quanto mais leve for a
carretilha ou molinete usado, melhor. A pesca pode ser feita no fundo,
com auxílio de uma pequena chumbada (até 20 gramas), girador e o mesmo
chicote usado com vara telescópica; ou na superfície, neste caso, uma
pequenina boia auxiliar, dessas usadas para lambari, ajudará a regular a
profundidade da isca e a indicar os ataques.
3. Arremesso com artificiais: o equipamento pode ser o mesmo
usado com as naturais, atando-se à linha um líder de fluorcarbono com
espessura de 0,30 mm, do comprimento da vara, no mínimo. As iscas devem
ser pequenas, até nove centímetros. Sticks, plugs arredondados de meia-água e spinners não podem faltar na caixa.
4. Fly: recomenda-se equipamento número 6, com linhas flutuantes para iscas como poppers, moscas secas e imitações de ração, que trabalham na superfície. Para streamers e miçangas que afundam, linhas do tipo sinking tip.
O líder pode ser composto por três seções de linha transparente de
monofilamento: 60% de 0,50 mm, 20% de 0,40 mm e 20% de 0,30 mm.
Mais dicas
- O uso de encastoado de aço assegura a integridade do líder, mas
acarretará em menor número de ações. Ele pode ser eliminado à medida que
se aprende a fisgar o peixe rapidamente, no momento certo.
- Não use alicate do tipo “grip”, a mandíbula da matrinxã é muito
sensível e se rompe com facilidade. Solte o peixe o mais rapidamente
possível, ele sobrevive pouco tempo fora da água.
- Apesar de possuir dentes pequenos, tome cuidado ao manusear a matrinxã, pois sua mordida pode machucar.
Matéria publicada na Revista Pesca Esportiva nº 149
Iscas naturais são uma das muitas opções para capturar a matrinxã.
Legal show.. vamos marca uma pescaria.
ResponderExcluirAh, uma matrinxã assada!!!
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