Rápido crescimento e alto valor comercial fazem desta espécie de peixe uma ótima opção para a piscicultura em várias regiões do país
Texto João Mathias
Consultor Geraldo Bernardino*
A fauna aquática amazônica abriga milhares de espécies de peixes -
fonte tradicional de proteínas para as comunidades indígenas e
populações ribeirinhas. A pesca sempre foi feita em regime extrativista,
para consumo local. A piscicultura, porém, vem crescendo na região e,
graças a técnicas modernas de cultivo em cativeiro, várias espécies do
cardápio local passaram a ser introduzidas e comercializadas em outras
áreas do país. É o caso do matrinxã, peixe de escamas, coloração
prateada, corpo alongado, capaz de atiangir 80 centímetros de
comprimento e cinco quilos de peso, encontrado nas bacias amazônica e
Araguaia-Tocantins. Tem nadadeiras alaranjadas, mas a da cauda é escura.
Seus dentes são pontiagudos e dispostos em várias fileiras. Peixe do
gênero Brycon, do qual também fazem parte a piracanjuba, a pirapitinga, a
pirapitanga e a piabanha, vive em rios de águas claras, principalmente
junto a pedras e troncos submersos, alimentando-se de frutinhas,
sementes, insetos e pequenos peixes. Sua carne é muito apreciada pelos
consumidores, apesar da espinha excessiva. Restaurantes e pesque-pague
são bons canais de venda para quem os cria. Na Amazônia, os
piscicultores manejam o matrinxã em canais de igarapés. Seu manejo é
relativamente fácil, posto que se adapta bem em águas correntes e
limpas. A espécie ainda tem a vantagem de resistir a águas mais frias e
ácidas. Pela tolerância a áreas de altas densidades, possui ótimo
crescimento em sistemas de cultivo. Em um ano, devido a sua boa
conversão alimentar, a espécie chega a atingir de 800 gramas a 1,2 quilo
de peso. Tais características classificaram o matrinxã como recomendado
para criatórios desenvolvidos pela agricultura familiar.
Contudo, a baixa oferta de alevinos é um fator que dificulta a
expansão da atividade de criação do matrinxã. Além de a desova
concentrar-se apenas nos meses de outubro a fevereiro, esse peixe tem de
vencer um importante desafio logo que nasce. Nas primeiras 36 a 72
horas de vida, espécies do gênero Brycon praticam o canibalismo, cujo
comportamento, se não for inibido, pode levar a uma grande redução da
população dos peixinhos. Também por esse fato, o preço de venda de
alevinos é alto, oscilando entre R$ 300 e R$ 400 o milheiro.
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A matrinxã é otima para uma boa psicultura , porém ainda existe uma enorme dificuldade que é o canibalismos na fase pós-larva. Com isso desperta o interesse do estudo mais profundo com estes peixes. O conhecimento caminha junto com a evolução!
ResponderExcluirVerdade, bem lembrado Heraldo. É de extrema importância um cuidado especial nessa fase, saber como irá ser feito para que não haja prejuízos na produção futuramente.
ResponderExcluirta!!! mas alem dos trechos acima mercionado, devemos acordar tambem
ResponderExcluirpara oa fato da matrinxã(Brycon amazonicus)ser umas das especies mais consumida nos mecados e feiras de manaus,jutamente com tambaqui (Colossoma macropomum)) e jaraqui(Semaprochilodus insignis)entao acho que as pesquisas deverião esta bem mais avançadas
Mais até mesmo por falta de informações veridicas dos proprios pescadores e produres, é que não temos esses dados para fazermos as comparações passadas com as recentes.
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