quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Piracuru - Arapaima gigas




Por Débora Carvalho Meldau
O pirarucu (Arapaima gigas) é um peixe encontrado geralmente na Bacia Amazônica, mais especificamente, nas águas calmas de sua várzea. A família a qual o pirarucu pertence é muito antiga, existindo sem modificações há mais de 100 milhões de anos, fazendo parte dela também o aruaná, um peixe menor.
Pirarucu
Pirarucu
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo : Chordata
Classe : Actinopterygii
Ordem : Osteoglossiformes
Família: Osteoglossidae
Subfamília : Heterotidinae
Gênero : Arapaima
Espécie : Arapaima gigas
Habitam águas de lagos e rios, claras, brancas e escuras, levemente alcalinas, com temperatura que variam de 24° a 37°C, ricas em vegetação, ou seja, com baixo teor de oxigênio. Mesmo vivendo em águas pobre em oxigênio, isso não é um problema para o pirarucu, pois ele possui uma bexiga natatória que pode funcionar como um pulmão, permitindo-lhe subir á superfície e respirar diretamente o oxigênio do ar.
Por ser um dos maiores peixes que habitam a Amazônia (podendo atingir mais de 2 metros e pesar 130 kg), este animal ganhou o nome de “bacalhau da Amazônia”. Mesmo sendo muito grande, este peixe consegue percorrer longas distâncias em terra firme em época de seca, à procura de água, pois, como já foi dioa anteriormente, este animal possui um equipamento auxiliar de respiração, que lhe permite retirar oxigênio da atmosfera necessário para sua sobrevivência.
O pirarucu é capaz de engolir qualquer coisa: caramujos, tartarugas, cobras, seixos, areia, lodo. Sua dieta é composta basicamente por outros peixes de água doce, de menores dimensões.

 
Assim que esses peixes formam casais, eles procuram um ambiente calmo e águas pouco profundas para colocar seus ovos, sendo que uma única fêmea pode pôr mais de 10.000 ovos. No entanto, é função do macho cuidar dos ovos e dos filhotes, por aproximadamente seis meses.
Embora sejam animais extremamente resistentes às adversidades do meio ambiente, são muito vulneráveis à ação de pescadores. Os cuidados com o ninho após a desova deixam os machos dessa espécie expostos à captura. Além desse fato, existem os predadores naturais (como por exemplo, a piranha), sendo que durante a longa fase de imaturidade sexual dos filhotes (conhecidos como “bodecos”), torna-se mais fácil sua captura por esses predadores, diminuindo assim, o sucesso reprodutivo desta espécie

6 comentários:

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  2. O chamado Bacalhau da Amazonia feito com o pirarucu, agora está na moda. Você acha que ultilizando desse termo para o pescado, isso agrega valor ou desvaloriza o verdadeiro pirarucu? Sua venda como pirarucu da amazonia seria maior?

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Na minha opinião desvaloriza, pois descaracteriza um produto que é oriundo da nossa região. Acredito que deve existir uma maior valorização do que vem da nossa terra e assim fazê-lo com que tenha um maior valor lá fora.

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  5. Isso é verdade. Por tanto o valor de mercado nem tanto é de grande importância, mais sim o valor que produto tem na região, valorizando cada vez mais os produtos da região.

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    1. Fora o fato de que é um incentivo ao desenvolvimento, avanço e melhoramento da produção local, não só do Pirarucu como o de outros peixes da região também.

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