quarta-feira, 10 de abril de 2013

Novo superintendente de Pesca e Aquicultura do Amazonas toma posse

Raimundo Nonato assume cargo ocupado, desde 2011, por José Otoni.
"Cargo não é um privilegio, é um desafio", disse o superintendente.

Mônica Dias Do G1 AM
 
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O novo superintendente federal da Pesca e Aquicultura do Amazonas foi empossado na segunda-feira (08), em Brasília, pelo ministro Marcelo Crivella. Raimundo Nonato assumiu o cargo que era ocupado por José Otoni Diógenes Raposo desde 2011. O novo titular é técnico em aquicultura e já exerceu atividades de coordenação na superintendência.

Em entrevista ao G1, o novo superintende disse que sua prioridade de gestão será levar o crédito do Plano Safra da Pesca e Aquicultura aos profissionais que atuam nos locais mais remotos da região e incentivar a pesca esportiva.
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A respeito da posse, Nonato disse que tem consciência dos desafios que vai enfrentar. "Esse cargo não é um privilégio, é um desafio. Eu o recebi com a missão de organizar a pesca no estado, e não é uma coisa fácil, mas pretendo fazer com responsabilidade", afirmou.

De acordo com dados do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), o Amazonas possui a maior bacia hidrográfica do mundo, formada por diversos rios como o Rio Negro, Juruá, Japurá e Madeira. Além disso, conta com aproximadamente 80 mil pescadores profissionais de acordo com o secretário executivo de pesca da Secretaria de Estado da Produção Rural do Amazonas (Sepror), Geraldpo Bernardino.

quarta-feira, 13 de março de 2013

Pesquisa no AM utiliza peixes para verificar nível de poluição de igarapé

Estudo constatou taxas de metais em peixes submetidos a água do igarapé.
“Se consumidos, esses peixes podem causar até câncer”, alerta estudante.


Um estudo científico utilizou tambaquis para verificar a qualidade da água no Igarapé da Bolívia, localizado na rodovia AM-010 (Manaus-Itacoatiara). Os resultados da pesquisa constataram que os peixes contaminados apresentam altas taxas de metais, mutações e problemas respiratórios, tornando-se impróprios para o consumo.
Amostras de água contaminada do Igarapé da Bolívia foram coletadas pelos pesquisadores que utilizaram 24 tambaquis durante a pesquisa. Durante os testes, 12 peixes ficaram em aquários com água contaminada e os outros 12 em tanques com água potável, sendo todos analisados, posteriormente, em laboratórios. “Se consumidos por humanos, esses peixes podem causar até câncer”, segundo um dos participantes do projeto, o estudante de química Ricardo Alexandre.
Liderado pelo mestre em Biotecnologia e Recursos Naturais pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Geverson Façanha da Silva, o trabalho teve a participação de cinco estudantes do ensino médio do Centro Educacional Arthur Virgílio Filho e contou com o apoio da da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).

quarta-feira, 6 de março de 2013

No AM, operação apreende 6.200 alevinos e prende dois estrangeiros

Ação aconteceu nas cidades de Tonantins e Santo Antônio do Iça.
Colombiano e peruano acabaram presos suspeitos de crime ambiental.

Operação 'Morumbi' foi realizada no Alto Solimões, no interior do Amazonas (Foto: Divulgação/IBAMA)Operação 'Morumbi' foi realizada no Alto Solimões, no interior do Amazonas (Foto: Divulgação/IBAMA)
A parceria realizada pelo Ibama, Polícia Federal, Policiamento Ambiental, e a Funai de Tabatinga terminou com a apreensão de 6.200 alevinos de Aruanã 'branca' nos  municípios de Tonantins e Santo Antônio do Iça, na região do Alto Solimões, no interior do Amazonas. Dois suspeitos de realizarem o crime ambiental - um colombiano e um peruano - foram detidos durante a ação policial.
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A operação intitulada 'Morumbi' combate o tráfico internacional de alevinos de Aruanã como peixes ornamentais para os países vizinhos Colômbia e Peru. De acordo com o Ibama, os dois apreendidos agenciam os ribeirinhos e indígenas da região do Vale do Javari, Alto e Médio Solimões na coleta dos alevinos. A investigação indica que, entre quatro e seis milhões de peixes, são capturados e destinados todos os anos para a Colômbia via Letícia ou pelos rios Iça (Putomayo) e Japurá (Caquetá) ou ainda, para o Peru pela fronteira em Tabatinga ou Atalaia do Norte, interior do Amazonas.
O órgão informou ainda que as viagens são realizadas em dupla pelos rios, levando nas embarcações tubos de oxigênio para diminuir a mortandade no deslocamento e sacos plásticos para o acondicionamento e com porte de armas.  As investigações também apontaram que os suspeitos compram os peixes pagando entre R$1,50 e R$2,50 por alevino, e utilizam como rotas de fuga, os rios Solimões, o Japurá ou o Içá.
Alevinos encontrados durante a operação no interior do Amazonas (Foto: Divulgação/IBAMA)Alevinos encontrados durante a operação no interior do Amazonas (Foto: Divulgação/IBAMA)
Segundo o Ibama, entre os principais males para o meio ambiente causado pela ação do grupo estão perda da biodiversidade e o desabastecimento para as comunidades indígenas e ribeirinhas.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Prefeitura diz que Terminal Pesqueiro de Manaus será inaugurado até março

O prefeito Artur Neto anunciou na tarde desta sexta-feira (18) que o Terminal Pesqueiro de Manaus, localizado na Colônia Oliveira Machado, Zona Sul da cidade, será inaugurado até o fim de março, durante a Semana Santa. O anúncio foi feito após reunião com a diretoria da Federação dos Pescadores do Estado do Amazonas (Fapesca).
“Nosso objetivo é apoiar os pescadores, trabalhar irmanado com a colônia e colocar para funcionar o terminal até a Semana Santa, que é o momento em que há um grande consumo de peixe pela população. As balsas estão funcionando muito precariamente e isso não é justo com a cidade, nem com quem trabalha no setor”, afirmou o prefeito.
Após a visita, Artur Neto solicitou um parecer da Procuradoria Geral do Município (PGM) que detectou que o funcionamento do terminal depende de um entendimento da prefeitura com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) que atualmente possui os direitos sobre o terminal, o Ministério da Pesca e Aquicultura e a Secretaria do Patrimônio da União (SPU). “Temos duas possibilidades: a prefeitura assume a administração do terminal, ou faz uma gestão compartilhada com o Dnit. Estamos lutando pela primeira”, explicou.
O presidente da Fapesca, Walzenir Falcão, informou que a categoria procurou o prefeito para expor os problemas em relação ao desembarque e atracação das embarcações que atualmente são feitos de forma precária. “As balsas que temos hoje atendem precariamente o setor e não oferecem as condições necessárias para que chegue um peixe de qualidade à mesa do consumidor”, destacou.
Walzenir Falcão também ressaltou que a reunião com o prefeito foi muito positiva. “Saímos otimistas da conversa porque ele já nos deu encaminhamento quanto ao assunto e ofereceu espaço para iniciarmos as conversas”, completou.
No dia 8 de janeiro, Artur Neto visitou o complexo, juntamente com o titular da Secretaria Municipal de Empreendedorismo e Abastecimento, Jefferson Praia, para verificar as necessidades de reparos e aquisição de equipamentos. Quando inaugurado, o terminal deverá ter capacidade para armazenar 200 toneladas de pescado.
De acordo com a Secretaria Municipal de Comunicação (Semcom), o Terminal Pesqueiro de Manaus foi concluído há mais de dois anos, mas nunca entrou em atividade. A obra, que custou R$ 20 milhões, chegou a ser embargada pela Justiça por falta de definição sobre a posse do terreno. Na administração anterior, o terminal seria repassado para o Ministério da Pesca e Aquicultura, mas o processo ainda não foi concluído devido ao impasse.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

No AM, ações para funcionamento de Terminal Pesqueiro são discutidas

Superintendente do Dnit visitou estrutura nesta segunda-feira (4).
Terminal está em poder da União e deverá ser repassado à prefeitura.


Do G1 AM
Superintendente do Dnit visitou o Terminal Pesqueiro de Manaus (Foto: Divulgação/Sempab)Superintendente do Dnit visitou o Terminal Pesqueiro de Manaus (Foto: Divulgação/Sempab)
O superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Afonso Lins, visitou, nesta segunda-feira (4), o Terminal Pesqueiro de Manaus. Ele discutiu com o titular da Secretaria Municipal de Produção e Abastecimento (Sempab), Jefferson Praia, sobre os próximos passos a serem dados pelo Poder Executivo antes da estrutura ser colocada em funcionamento.
Lins explicou que o Terminal Pesqueiro encontra-se em poder da União, mas afirmou que quanto voltar à sede do Dnit deverá acionar os trâmites burocráticos para repassar a estrutura à Prefeitura de Manaus o quanto antes. "Fiquei impressionado com o que vi. Uma balsa nova como esta não pode ficar parada da forma que está. A ideia é repassar à cidade a responsabilidade ainda este ano para que possam ser realizadas as parcerias e equipar o local", afirmou o diretor.

Segundo a Secretaria Municipal de Comunicação (Semcom), quando o Terminal Pesqueiro estiver em funcionamento, as câmaras frigoríficas deverão ter potencial para armazenar 200 toneladas de peixe. Com isso, a prefeitura pretende dar estrutura para que os vendedores possam oferecer pescado durante todo o ano em um preço mais acessível.
"A administração do terminal será feita de forma compartilhada, através de convênio entre a Prefeitura, Superintendência da Pesca e Associação de Pescadores. Queremos que o terminal funcione e bem. Para isso, vamos solicitar a ajuda de todos", disse Jefferson Praia.

Ministério da Pesca
A entrega do Terminal Pesqueiro é uma das prioridades da Prefeitura de Manaus. Na semana passada, prefeito Artur Neto foi ao Ministério da Pesca e Aquicultura, em Brasília, onde iniciou discussão para a liberação da balsa. "Conversei com o ministro Marcelo Crivella e ele garantiu desburocratizar todo este processo para que, enfim, o terminal pesqueiro seja entregue. Equipamentos como câmaras frigoríficas também serão comprados", assinalou Artur.

 

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Batalhão apreende 830 quilos de pescado ilegal em feira de Manaus

A mercadoria foi doada a uma casa de apoio a imigrantes haitianos, segundo o Batalhão Ambiental

ACRITICA.COM

O Batalhão Ambiental está intensificando as fiscalizações em feiras da cidade para coibir a venda de pescado e carnes de caça sem procedência
O pescado foi doado para uma casa de apoio (Divulgação)
 
Homens do Batalhão Ambiental apreenderam, na manhã deste sábado, 830 quilos de pescado de procedência duvidosa durante uma operação de rotina na feira da Panair, Educandos, Zona Sul de Manaus. A mercadoria foi doada para duas casas de apoio a imigrantes haitianos, uma delas a Ama Haiti (Parque Dez, Zona Centro-Sul) e a outra um abrigo localizado no bairro no Santa Etelvina, Zona Norte.
Conforme informações do Batalhão, foram 500 quilos de pirarucu seco, 100 quilos de pirarucu fresco, 100 de pacu, 30 de aruanã e 100 de tambaqui. O valor da mercadoria não foi informado.
O pescado estava em bancas da feira, expostos para a venda e os feirantes responsáveis informaram que a pesca era oriunda de manejo. Contudo, não apresentaram nenhuma documentação que comprovasse a origem.
Eles não chegaram a ser autuados pelo Batalhão Ambiental porque deixaram o local durante a ação sem dar maiores explicações. A operação contou com a participação de nove militares e iniciou as 8h:30, encerrando às 13h deste sábado. O caso foi registrado no 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP).

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

No AM, peixes de 100kg são achados em aquário de bar e dono é autuado





Pirarucus, tambaquis e quelônios eram criados sem licença ambiental.
Bar foi interditado por três instituições e notificado por outros dois órgãos.






Durante a fiscalização em bares e casas noturnas realizada nesta terça-feira (29), foi detectada prática de crime ambiental em um bar localizado no bairro Praça 14, Zona Sul de Manaus.


A informação é da Prefeitura de Manaus. O estabelecimento possuía um aquário com pirarucus, tambaquis e quelônios sem as devidas licenças ambientais.






Avaliação dos técnicos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas) apontam que os dois pirarucus pesavam, pelo menos, 100kg cada. O peixe é protegido pela legislação ambiental desde 1991


.A Delegacia do Meio Ambiente (Dema) foi acionada para acompanhar o caso. O proprietário do estabelecimento foi conduzido à delegacia, onde assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO).


A pena para este tipo de crime varia de multa a um ano de prisão.O Instituto de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas (Ipaam) também foi acionado e os peixes e quelônios devem ser removidos pelo órgão nesta quarta-feira (30).


Além disso, o bar foi interditado por três instituições diferentes. Pela Semmas, por não ter a licença ambiental, Secretaria de Finanças por não possuir o Alvará de Funcionamento e pelo Corpo de Bombeiros, por estar com a vistoria vencida.


O proprietário foi notificado também pelo Instituto de Planejamento Urbano por não possuir o habite-se, e pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Amazonas (CREA-AM) por não apresentar o responsável técnico pelo grupo gerador do estabelecimento, pela recarga dos extintores e o controle de pragas ter expirado.

A produção e consumo do camarão gera renda e é objeto de pesquisa em Parintins

A pesca do crustáceo pode ser feita em toda a Calha do rio Amazonas. Uma pesquisa começou a estudar a trajetória do crustáceo até o consumidor em 2011 para avaliar os custos e a rentabilidade desta atividade.

Tacacá, uma das iguarias que mais utiliza o crustáceo
Tacacá, uma das iguarias que mais utiliza o crustáceo (Lúcia Gonçalves)
O município de Parintins (localizado a 315 km de Manaus), tradicionalmente conhecido pelo Festival Folclórico dos bois Garantido e Caprichoso, é um dos principais produtores e consumidores de camarão do Amazonas.
Muito apreciado por fazer parte de iguarias gastronômicas amazonenses, o camarão se constituiu em um produto rentável para comerciantes que resolveram investir na pesca e cultura do crustáceo. Segundo pesquisa, eles chegam a obter até 156% de lucro.
Com uma pesca feita quase que exclusivamente por mulheres, no último trimestre do ano – coincidindo com o período de vazante dos rios – cinco espécies de camarões são encontrados nas águas doces de Parintins. A atividade gera renda extra às comunidades.
Pesquisa
A pesca do crustáceo pode ser feita em toda a Calha do rio Amazonas. Duas delas, as comunidades ‘Cá te Espero’ e ‘Brasília’, localizadas no Baixo Rio Amazonas, foram objeto de estudo do professor do curso de Subsequente em Recursos Pesqueiros, do Campus Parintins do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas (CPA/Ifam), Renato Soares.
A pesquisa começou a estudar a trajetória do crustáceo até o consumidor em 2011 para avaliar os custos e a rentabilidade desta atividade.
Após quase dois anos de trabalho, com a ajuda de alunos do curso do qual é professor no Ifam de Parintins, o pesquisador concluiu a pesquisa ‘A Economia da Pesca no Município de Parintins’. Soares constatou que a venda de camarões nos mercados da cidade é mais rentável do se imagina.
O retorno ultrapassa o dobro dos gastos. Para chegar ao resultado obtido, foram incluídos todos os custos desde a gasolina, passando pelas iscas e sal até o gelo para conservar o camarão no deslocamento até os mercados.
Diante dos resultados o professor resolveu dar prosseguimento à pesquisa e, segundo ele, o resultado é pequeno diante de tudo que envolve a pesca de camarões. “Vou dar prosseguimento à pesquisa por mais alguns tempo”, afirmou.
Publicação e financiamento
O projeto recebeu recursos financeiros do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), por meio do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic). O resultado da pesquisa será publicado na revista científica Acta Scientiarum, da Universidade Estadual de Maringá (UEM).

* Com informações da assessoria de comunicação da Sect/AM

sábado, 26 de janeiro de 2013

Pescadores denunciam extorsão

Segundo os denunciantes era preciso pagar uma taixa de 20 reais para receber o seguro desemprego que é garantido por lei para pescadores. Durante a reunião com o superintendente regional do trabalho e emprego no amazonas, Dermilson Chagas, durante esse fim de semana pescadores de Borba relataram ter pago a taixa de 20 reais para receber o seguro desemprego do pescador artesanal.
De acordo com ele a justificativa do presidente da colonia de pescadores e que a loteria não teria condições de pagar tamanha demanda. '' Essa cobrança é ilegal, não se pode tirar vantagem com um direito que e garantido por lei '' enfatizou  Ainda de acordo com ele mais de 2.200 pescadores foram prejudicados,dando um montante de mais de 40 mil reais.
O presidente da colonia de pesca de Borba, Antonio Diniz  foi preso em flagrante com 29 mil reais no bolso e mais 51 cartões do seguro defeso. Os pescadores estão indignados pois no dia seguinte a policia civil o liberou.
O seguro desemprego e pago em três parcelas para atender as necessidades dos pescadores durante o período de proibição da pesca.
  

sábado, 19 de janeiro de 2013



Olha ai galera o peixinho!
Bem que essa cara poderia ser um engenheiro de pesca!

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

ai galera essa é uma foto da despesca realizada no municpio de fonte boa, feitos pelos proprios moradores da comunidades

Para os fãs da Pesca Esportiva

Matrinxã em 4 tempos

Matrinxã, uma das estrelas dos pesque-pagues
 
Texto e fotos Julio Hosoiri
 
Originária da bacia amazônica, a matrinxã (Brycon spp.) é facilmente encontrada em pesqueiros de todas as regiões brasileiras. Conhecida por sua esportividade e os belos saltos, nesses locais ela atinge até três quilos.
 
Peixe de hábito alimentar onívoro, ele come insetos, minhocas, pequenos peixes (inteiros, em pedaços ou filés), tirinhas de fígado, coração de boi ou de frango, salsicha, sementes, uvas secas, queijo prato ou mussarela, massas e muitas outras iscas.
 
A rapidez da matrinxã é impressionante. Em algumas ocasiões, tem-se a sensação de que o peixe segue a isca no ar, tão imediato é o ataque assim que ela toca a água. As dicas a seguir ajudarão na montagem de conjuntos para quatro modalidades de pesca desta estrela de nossos pesqueiros.
 
1. Vara telescópica: podem ter de 3,6 a 5,4 metros, com linha de monofilamento colorida de 0,25 a 0,35 mm até o girador, e depois, mais 20 centímetros de linha de fluorcarbono de espessura equivalente. Os anzóis podem ser do modelo Maruseigo, número 10 a 17, com pequenos pesos redondos ou do tipo oliva antes do girador.
 
2. Arremesso com iscas naturais: as varas podem ter até 1,8 m (ou cerca de 6 pés) e ação média, sendo adequadas para linhas de até 12 libras, que podem ser de mono ou multifilamento. Quanto mais leve for a carretilha ou molinete usado, melhor. A pesca pode ser feita no fundo, com auxílio de uma pequena chumbada (até 20 gramas), girador e o mesmo chicote usado com vara telescópica; ou na superfície, neste caso, uma pequenina boia auxiliar, dessas usadas para lambari, ajudará a regular a profundidade da isca e a indicar os ataques.
 
3. Arremesso com artificiais: o equipamento pode ser o mesmo usado com as naturais, atando-se à linha um líder de fluorcarbono com espessura de 0,30 mm, do comprimento da vara, no mínimo. As iscas devem ser pequenas, até nove centímetros. Sticks, plugs arredondados de meia-água e spinners não podem faltar na caixa.
 
4. Fly: recomenda-se equipamento número 6, com linhas flutuantes para iscas como poppers, moscas secas e imitações de ração, que trabalham na superfície. Para streamers e miçangas que afundam, linhas do tipo sinking tip. O líder pode ser composto por três seções de linha transparente de monofilamento: 60% de 0,50 mm, 20% de 0,40 mm e 20% de 0,30 mm.
 
Mais dicas
- O uso de encastoado de aço assegura a integridade do líder, mas acarretará em menor número de ações. Ele pode ser eliminado à medida que se aprende a fisgar o peixe rapidamente, no momento certo.
- Não use alicate do tipo “grip”, a mandíbula da matrinxã é muito sensível e se rompe com facilidade. Solte o peixe o mais rapidamente possível, ele sobrevive pouco tempo fora da água.
- Apesar de possuir dentes pequenos, tome cuidado ao manusear a matrinxã, pois sua mordida pode machucar.
 
 
Matéria publicada na Revista Pesca Esportiva nº 149
Iscas naturais são uma das muitas opções para capturar a matrinxã.

Para quem gosta de Aquicultura, aí vai uma ótima opção - Matrinxã

Matrinxã

Rápido crescimento e alto valor comercial fazem desta espécie de peixe uma ótima opção para a piscicultura em várias regiões do país

Texto João Mathias
Consultor Geraldo Bernardino*



A fauna aquática amazônica abriga milhares de espécies de peixes - fonte tradicional de proteínas para as comunidades indígenas e populações ribeirinhas. A pesca sempre foi feita em regime extrativista, para consumo local. A piscicultura, porém, vem crescendo na região e, graças a técnicas modernas de cultivo em cativeiro, várias espécies do cardápio local passaram a ser introduzidas e comercializadas em outras áreas do país. É o caso do matrinxã, peixe de escamas, coloração prateada, corpo alongado, capaz de atiangir 80 centímetros de comprimento e cinco quilos de peso, encontrado nas bacias amazônica e Araguaia-Tocantins. Tem nadadeiras alaranjadas, mas a da cauda é escura. Seus dentes são pontiagudos e dispostos em várias fileiras. Peixe do gênero Brycon, do qual também fazem parte a piracanjuba, a pirapitinga, a pirapitanga e a piabanha, vive em rios de águas claras, principalmente junto a pedras e troncos submersos, alimentando-se de frutinhas, sementes, insetos e pequenos peixes. Sua carne é muito apreciada pelos consumidores, apesar da espinha excessiva. Restaurantes e pesque-pague são bons canais de venda para quem os cria. Na Amazônia, os piscicultores manejam o matrinxã em canais de igarapés. Seu manejo é relativamente fácil, posto que se adapta bem em águas correntes e limpas. A espécie ainda tem a vantagem de resistir a águas mais frias e ácidas. Pela tolerância a áreas de altas densidades, possui ótimo crescimento em sistemas de cultivo. Em um ano, devido a sua boa conversão alimentar, a espécie chega a atingir de 800 gramas a 1,2 quilo de peso. Tais características classificaram o matrinxã como recomendado para criatórios desenvolvidos pela agricultura familiar.
Contudo, a baixa oferta de alevinos é um fator que dificulta a expansão da atividade de criação do matrinxã. Além de a desova concentrar-se apenas nos meses de outubro a fevereiro, esse peixe tem de vencer um importante desafio logo que nasce. Nas primeiras 36 a 72 horas de vida, espécies do gênero Brycon praticam o canibalismo, cujo comportamento, se não for inibido, pode levar a uma grande redução da população dos peixinhos. Também por esse fato, o preço de venda de alevinos é alto, oscilando entre R$ 300 e R$ 400 o milheiro.

Piracuru - Arapaima gigas




Por Débora Carvalho Meldau
O pirarucu (Arapaima gigas) é um peixe encontrado geralmente na Bacia Amazônica, mais especificamente, nas águas calmas de sua várzea. A família a qual o pirarucu pertence é muito antiga, existindo sem modificações há mais de 100 milhões de anos, fazendo parte dela também o aruaná, um peixe menor.
Pirarucu
Pirarucu
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo : Chordata
Classe : Actinopterygii
Ordem : Osteoglossiformes
Família: Osteoglossidae
Subfamília : Heterotidinae
Gênero : Arapaima
Espécie : Arapaima gigas
Habitam águas de lagos e rios, claras, brancas e escuras, levemente alcalinas, com temperatura que variam de 24° a 37°C, ricas em vegetação, ou seja, com baixo teor de oxigênio. Mesmo vivendo em águas pobre em oxigênio, isso não é um problema para o pirarucu, pois ele possui uma bexiga natatória que pode funcionar como um pulmão, permitindo-lhe subir á superfície e respirar diretamente o oxigênio do ar.
Por ser um dos maiores peixes que habitam a Amazônia (podendo atingir mais de 2 metros e pesar 130 kg), este animal ganhou o nome de “bacalhau da Amazônia”. Mesmo sendo muito grande, este peixe consegue percorrer longas distâncias em terra firme em época de seca, à procura de água, pois, como já foi dioa anteriormente, este animal possui um equipamento auxiliar de respiração, que lhe permite retirar oxigênio da atmosfera necessário para sua sobrevivência.
O pirarucu é capaz de engolir qualquer coisa: caramujos, tartarugas, cobras, seixos, areia, lodo. Sua dieta é composta basicamente por outros peixes de água doce, de menores dimensões.

 
Assim que esses peixes formam casais, eles procuram um ambiente calmo e águas pouco profundas para colocar seus ovos, sendo que uma única fêmea pode pôr mais de 10.000 ovos. No entanto, é função do macho cuidar dos ovos e dos filhotes, por aproximadamente seis meses.
Embora sejam animais extremamente resistentes às adversidades do meio ambiente, são muito vulneráveis à ação de pescadores. Os cuidados com o ninho após a desova deixam os machos dessa espécie expostos à captura. Além desse fato, existem os predadores naturais (como por exemplo, a piranha), sendo que durante a longa fase de imaturidade sexual dos filhotes (conhecidos como “bodecos”), torna-se mais fácil sua captura por esses predadores, diminuindo assim, o sucesso reprodutivo desta espécie
Peixe de couro da família dos Pimolidedae, a Pirarara (Phractocephalus hemioliopterus) possui cabeça bem grande e larga, ocupando cerca de 1/3 do comprimento total. A boca é bem ampla. Possui uma grande placa nucal, que a diferencia dos demais pimelodídeos. O corpo é roliço, com perfil arredondado e ventre convexo ou achatado. A cor geral do dorso é marrom ou preta, podendo apresentar um certo tom esverdeado, dependendo da região. O ventre é amarelo, muitas vezes com manchas pretas. A nadadeira caudal é truncada e se apresenta em um vermelho vivo. Emite som característico assim que sai da água, semelhante a um bufo. Peixe de grande porte, pode passar de 1,5 m de comprimento, e cerca de 80 kg.
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Phractocephalus hemioliopterus
Segundo relatos de muitos ribeirinhos de diversas regiões da imensa bacia, entre os povos da Amazônia, a Pirarara tem a má reputação de desferir ataques a seres humanos, chegando até a causar mortes por afogamento.
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Espécie onívora, com preferência carnívora, em especial por peixes que se alimenta freqüentemente, mas também não rejeita moluscos, crustáceos, entre outros. Uma curiosidade é o fato de se alimentar de frutos da vegetação marginal inundada (igapós) durante o período de cheia, como os frutos de certas palmeiras, como o jauari.
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Ocorre em rios das bacias Amazônica e do Tocantins-Araguaia, onde podem ser encontrados no leito dos rios, poços e eventualmente no interior de lagos, em áreas quase sempre associadas com matéria vegetal, como troncos e galhadas submersas.
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Ao fisgar uma Pirarara, é muito fácil idêntificá-la, pois costuma sair em disparada tomando grandes quantidades de linha como nenhum outro tipo de bagre faz. Possui muita força, que aliada a um grande fôlego e também pelo fato de ”brigar sujo” (buscando refúgio em troncos ou galhadas) torna sua captura um grande desafio. É pescada o ano todo, preferêncialmente nos meses de vazante e seca.
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O equipamento mais indicado para essa pescaria inclui varas de ação extra-pesada, linhas de 0,70 a 1,20 milímetros, preparadas com empates e anzóis n° 10/0 a 14/0.
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Dicas de pesca: A modalidade de pesca é praticada com iscas naturais, muito embora seja capturada com certa freqüência com metal jigs. O equipamento deve ser reforçado, já que briga sujo buscando enrroscos, o que justifica um reforço a mais.
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As iscas de peixes são as favoritas. Também pode ser capturada com iscas artificiais trabalhadas mais ao fundo, como iscas afundativas de barbela, tube jigs e jumping jigs.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013


Engenharia de Pesca




É o setor da engenharia voltado para o cultivo, a captura e a industrialização de organismos aquáticos.

A formação em engenharia de pesca é uma habilitação que integra a área das ciências agrárias e qualifica, em nível superior, profissionais para a intervenção técnico-científica em aquicultura, pesca e tecnologia do pescado, bem como em atividades de pesquisa e extensão na área de biotecnologia e demais serviços voltados à aquicultura e pesca, constituindo-se, desta maneira, em uma área do saber que intervém na realidade com base científica própria.

Desta maneira, o engenheiro de pesca deve ser um profissional capaz de entender com clareza a dinâmica da realidade em que atua, para que possa propor efetivamente atividades que transformem o quadro atual dos produtores, industriais e pesquisadores envolvidos com atividades de pesca da região.

Graduação:

As disciplinas das áreas das ciências exatas e biológicas, como cálculo, estatística, ecologia e zoologia, fazem parte do currículo no primeiro ano do curso de engenharia de pesca. O aspirante a engenheiro de pesca ainda tem, aulas de biologia pesqueira, bioquímica, meteorologia e tecnologia de pesca, aquicultura, economia e administração pesqueira. As aulas práticas, em laboratório e a bordo de barcos, ocupam boa parte da carga horária. Nelas, o aluno aprende técnicas de navegação, métodos de processamento do pescado e cultivo de peixes, moluscos e crustáceos. Para se formar é preciso fazer estágio e apresentar uma monografia.

Possíveis especializações:

O engenheiro de pesca pode se especializar nas mais diversas áreas, bem como; administração e economia pesqueira, aquicultura, ecologia aquática, extensão pesqueira, produção, tecnologia do pescado, dentre outras.

Mercado de trabalho:

No Brasil, o grande polo pesqueiro está no Nordeste, Norte e Sul. "Mas a mão-de-obra não se localiza somente no litoral, porque nosso país tem o maior potencial de água doce do mundo", explica o presidente da FAEP-BR (Federação das Associações de Engenheiros de Pesca do Brasil), Leonardo Teixeira de Sales.

As perspectivas do mercado são otimistas. "Não há um horizonte de queda porque o Brasil é muito jovem nessa atividade. Acredito que nos próximos 15 ou 20 anos continuaremos crescendo na produção pesqueira", afirma Teixeira. "A expectativa é de crescimento, ou seja, o Brasil apresenta um dos maiores potenciais para a aquicultura continental e marinha do mundo, além da pesca. A Aquicultura se apresenta como uma das atividades de produção de alimento que mais cresce no mundo atualmente. Vejo que os futuros profissionais devem exercer a profissão obedecendo aos conceitos do desenvolvimento sustentável, baseado na eficiência econômica, na equidade social e na prudência ecológica, permitindo produzir e explorar organismos aquáticos ao longo do tempo", destaca o profissional Rodrigo Campagnolo.

Há opções de trabalho também no exterior, já que o engenheiro brasileiro é muito bem visto lá fora. Tanto que muitos engenheiros do Brasil já atuaram ou atuam na FAO (Food and Agriculture Organization), uma organização internacional que trabalha com estatísticas, ordenamento e administração de recursos alimentares. Porém, Bombardelli ressalta: "Todo profissional de terceiro mundo sofre uma certa discriminação independentemente da profissão". A maior dificuldade que os engenheiros de pesca encontram é a falta de reconhecimento da profissão, o que acaba dando espaço para biólogos, zoólogos e oceanólogos dentro da área. "Os primeiros profissionais que se formaram sentiram muita dificuldade em ter credibilidade, porque as pessoas não conheciam o trabalho. Mas é uma desvantagem que com o passar do tempo será superada", acredita o coordenador.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

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